A face da guerra
Relatório secretos revelam que campanha liderada pelos Estados Unidos no Afeganistão tem sido desastrosa, com aumento do terrorismo e descaso das tropas com vida de civis.
Por Daniel Santini
A já delicada situação dos EUA no Afeganistão agravou-se nos últimos dias após a divulgação de relatórios confidenciais feitos pelas tropas entre 2004 e 2010. Os documentos, mais de 15 mil descrições detalhadas de batalhas e operações militares, foram divulgadas pela associação de jornalismo independente “Wikileaks” no dia 25 de Julho. São relatos crus do dia a dia da invasão que revelam descaso constante com a vida de civis, além de sinais claros de que a situação saiu do controle. Em vez de inibir o terrorismo, a intervenção fortaleceu a organização radical Al Qaeda e fez com que a quantidade de atentados disparasse.
Os responsáveis pela “Wikileaks” alegam que não publicaram tudo de uma vez porque alguns dados podem comprometer a segurança dos soldados. No futuro, novas informações devem ser divulgadas. Além de disponibilizar os relatórios na íntegra na internet, eles também fizeram parcerias com as publicações “The New York Times”, dos EUA, “The Guardian”, da Inglaterra, e “Der Spiegel”, da Alemanha, cujos jornalistas checaram as informações.
Nem mesmo os aviões-robôs não tripulados apresentados pelos EUA como máquinas de matar à distância com precisão, escapam do panorama confuso_ há relatórios de perda de contato com as máquinas e de erros grosseiros nos alvos com morte de civis.
Em Abril foram divulgadas imagens em que pilotos de um helicóptero metralhavam civis no Iraque e riam. O soldado Bradley Manning, suspeito de ter vazado o v´deo, está preso.
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