Em Caxias do Sul, animais abandonados vão para a “Favela de Cachorros”
A ONG Soama possui uma chácara com 1,5 hectare por onde estão espalhadas diversas casinhas, formato que rendeu ao local a fama de "Favela de Cachorros"
Além de incentivar a adoção dos bichinhos, a ONG trabalha com educação em escolas e com a promoção dos direitos dos animais
A ONG possui uma chácara com 1,5 hectare, por onde estão espalhadas diversas casinhas, formato que rendeu ao local a fama de “Favela de Cachorros”. Não existem restrições para os animais que vão para o abrigo e, em muitos casos, chegam doentes ou atropelados, por isso passam por tratamento com veterinários, são medicados, castrados e identificados.
A ONG conta com o apoio de vinte voluntários. Além disso, o projeto se apoiou na lei federal 4.645, para fazer valer a responsabilidade do governo em custear os animais. Com isso, a verba paga pela prefeitura de Caxias do Sul mantém o funcionamento do projeto, pagando dez funcionários, um veterinário e auxiliando na compra de 14 toneladas de ração, que alimentam mensalmente quase 1800 animais. O município também cede o terreno onde está localizado o abrigo.
Além de incentivar a adoção, mostrando a importância dos animais para a saúde, o grupo também trabalha com educação em escolas e com a promoção dos direitos e respeitos aos animais, punindo infratores de acordo com as legislações existentes.
Segundo Natasha Oselame Vanlentini, diretora de marketing da SOAMA, e filha de Dinamar Oselame, uma das fundadoras do projeto, as crianças são as mais abertas ao trabalho educativo e facilmente percebem a importância do cuidado com os animais, independente de qual espécie ele seja.
No site da ONG (www.soama.org.br) estão disponíveis as fotos dos animais do abrigo e instruções para quem deseja adotar ou doar e ajudar a continuidade do projeto. Na página também existem histórias felizes de famílias que adotaram cães e não se arrependeram do carinho e companheirismo oferecidos por esses animais, que são considerados os “melhores amigos do homem”.
Os exemplos vão desde cachorros de raça que foram abandonados, mas que encontraram um lar, até os animais que possuem deficiências ou passaram por acidentes enquanto estavam na rua e que dedicam um carinho ainda mais especial às suas novas famílias.