Chá verde ajuda a reduzir medidas na cintura, diz estudo
Bebida pode oferecer melhores resultados se combinada com uma dieta adequada
Foto: Carlos Edler / Agencia RBS
Foto: Carlos Edler / Agencia RBS
Pesquisa da PUCRS mostrou que idosos que ingeriram três xícaras de chá verde ao dia perderam peso, mesmo sem praticar atividades físicas
Preparado a partir das folhas frescas da planta Camellia sinensis e rico em catequinas, o chá verde integra o grupo de bebidas funcionais, com substâncias que atuam na redução de riscos de doenças crônicas. Em uma pesquisa de mestrado realizada na Pontifícia Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PUCRS), o chá verde apresentou resultados positivos na redução de peso e de circunferência abdominal em idosos, mesmo sem exercícios físicos.
A nutricionista Ana Elisa Senger, autora da pesquisa, inseriu o chá verde na dieta de 45 pacientes do ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, no Hospital São Lucas. A intenção da pesquisadora era investigar a eficácia da bebida em fatores de risco da Síndrome Metabólica, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, triglicerídeos aumentados e colesterol bom (HDL) reduzido.
Os participantes, com média de 72 anos, foram divididos em dois grupos: um consumiu três xícaras de chá verde de 200 ml diariamente durante dois meses, enquanto o grupo de controle não ingeriu a bebida no período.
Por meio de pesagem, medição da pressão arterial e da circunferência abdominal a cada 30 dias, e coleta de sangue no início e no fim do estudo, os resultados mostraram que o grupo que incluiu o chá verde na alimentação, mesmo sem atividades físicas e dieta equilibrada, teve uma redução de cerca de 1,2 kg no peso total e de 2,7 cm da circunferência da cintura, associada à taxa de mortalidade e de doenças cardiovasculares. No grupo de controle, os números foram quase insignificantes, com perda de apenas 0,3cm e 500g. Apesar de o chá verde conter cafeína, não houve alteração na pressão arterial dos pacientes.
O questionário de frequência alimentar realizado no início do estudo mostrou ainda que grande parte dos participantes tem inadequação alimentar, com poucas fibras, micronutrientes e minerais.
— Com uma dieta adequada, combinada ao chá verde, os resultados poderiam ser melhores e talvez muitos medicamentos pudessem ser dispensados, pois, à medida que a gordura diminui a longo prazo, glicose e lipídios talvez voltassem aos níveis normais — sugere Ana Elisa.
A orientação de preparo da bebida para a pesquisa foi de infusão de cinco minutos e o consumo teve distância de cerca de uma hora das refeições e dos medicamentos.
Sobre o chá
O chá verde é antioxidante, anti-inflamatório, tem efeito protetor no risco de doenças cardiovasculares, promove perda de peso e maior gasto calórico. Mesmo com tantos benefícios, dados da literatura médica mostram que o uso crônico e exagerado da bebida ou de cápsulas com extrato da planta, como 10 xícaras ao dia por cinco anos, pode causar dano hepático.
O que é Síndrome Metabólica
A nutricionista Ana Elisa Senger, autora da pesquisa, inseriu o chá verde na dieta de 45 pacientes do ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, no Hospital São Lucas. A intenção da pesquisadora era investigar a eficácia da bebida em fatores de risco da Síndrome Metabólica, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, triglicerídeos aumentados e colesterol bom (HDL) reduzido.
Os participantes, com média de 72 anos, foram divididos em dois grupos: um consumiu três xícaras de chá verde de 200 ml diariamente durante dois meses, enquanto o grupo de controle não ingeriu a bebida no período.
Por meio de pesagem, medição da pressão arterial e da circunferência abdominal a cada 30 dias, e coleta de sangue no início e no fim do estudo, os resultados mostraram que o grupo que incluiu o chá verde na alimentação, mesmo sem atividades físicas e dieta equilibrada, teve uma redução de cerca de 1,2 kg no peso total e de 2,7 cm da circunferência da cintura, associada à taxa de mortalidade e de doenças cardiovasculares. No grupo de controle, os números foram quase insignificantes, com perda de apenas 0,3cm e 500g. Apesar de o chá verde conter cafeína, não houve alteração na pressão arterial dos pacientes.
O questionário de frequência alimentar realizado no início do estudo mostrou ainda que grande parte dos participantes tem inadequação alimentar, com poucas fibras, micronutrientes e minerais.
— Com uma dieta adequada, combinada ao chá verde, os resultados poderiam ser melhores e talvez muitos medicamentos pudessem ser dispensados, pois, à medida que a gordura diminui a longo prazo, glicose e lipídios talvez voltassem aos níveis normais — sugere Ana Elisa.
A orientação de preparo da bebida para a pesquisa foi de infusão de cinco minutos e o consumo teve distância de cerca de uma hora das refeições e dos medicamentos.
Sobre o chá
O chá verde é antioxidante, anti-inflamatório, tem efeito protetor no risco de doenças cardiovasculares, promove perda de peso e maior gasto calórico. Mesmo com tantos benefícios, dados da literatura médica mostram que o uso crônico e exagerado da bebida ou de cápsulas com extrato da planta, como 10 xícaras ao dia por cinco anos, pode causar dano hepático.
O que é Síndrome Metabólica
A associação de diversos problemas que podem levar a doenças cardíacas, AVC e diabetes é chamada de Síndrome Metabólica. O diagnóstico é feito quando o paciente apresenta três ou mais desses fatores de risco: gordura abdominal aumentada, baixo colesterol HDL, triglicerídeos aumentados, hipertensão e aumento da glicemia.
A pesquisa
O trabalho multidisciplinar teve orientação das professoras Maria Gabriela Gottlieb (bióloga), coorientação de Carla Schwanke (geriatra) e apoio da empresa de Taquara, Amor à Vida Produtos Naturais, que forneceu os sachês de chá verde. Os resultados foram divulgados na revista PUCRS Informação.
BEM-ESTARA pesquisa
O trabalho multidisciplinar teve orientação das professoras Maria Gabriela Gottlieb (bióloga), coorientação de Carla Schwanke (geriatra) e apoio da empresa de Taquara, Amor à Vida Produtos Naturais, que forneceu os sachês de chá verde. Os resultados foram divulgados na revista PUCRS Informação.
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