Transparências dão o tom do desfile da Dior
De volta à sua casa nos salões da luxuosa avenida Montaigne, de Paris, após vários desfiles no museu Rodin, a maison Dior apresentou nesta segunda-feira, dia 23 de janeiro, uma coleção etérea, com transparências de seda sobre silhuetas de cinturas ajustadas, antigo carro-chefe da marca.
O britânico Bill Gaytten foi muito aplaudido. O ex-braço direito de John Galliano, à frente da equipe de criação desde que seu chefe teve que deixar a marca por ter proferido insultos racistas, havia sido muito criticado em seu primeiro desfile.
"Agora, sou mais eu", explicou nos bastidores, visivelmente aliviado à agencia AFP.
Para esta coleção se inspirou, confessa, nos "códigos" de identidade da maison após ter meditado "sem parar, os sete dias da semana, da manhã até a noite, despertando por vezes em sobressaltos às três da madrugada."
O estilista aproveita para lembrar que, com seus 50 anos, já não é um novato na profissão, apesar de ter permanecido muito tempo na sombra. "Me dedico a isto há muito, muito tempo", diz. Gaytten trabalha na Dior há 16 anos.
Sobre a nomeação de um sucessor de Galliano e a hipótese de que o substitua, Bill Gaytten se esconde atrás de um "No comment" (sem comentários).
Foi a modelo americana Karlie Kloss, rosto de vários anúncios publicitários da marca, que abriu o desfile com um casaco branco de seda transparente, bordado de preto e de cintura marcada, com mangas amplas.
Como a musselina, o tule e a organza, a seda desfila em toda as suas formas no desfile da Dior. Os cortes e costuras se sobressaem, incluindo mesmo costurar aparentes rebordadas. "É como uma radiografía da maison Dior, onde o interior das roupas se mostra", explica Bill Gaytten.
O preto predomina, junto ao berinjela, o vermelho vivo, uma das preferências da marca, e o bege, muitas vezes misturado ao rosa. A musselina branca sobre o preto imprime um aspecto acinzentado ao look. Há também jogos de branco sobre base vermelha, além de um rosa que muda conforme a luz. Várias peças em crocodilo ou avestruz fazem a diferença entre as sedas diáfanas.
As cinturas aparecem marcadas, como nas jaquetas drapeadas e nos vestidos volumosos, alguns com plissados. Para a noite, triunfam os impressionantes vestidos de baile em preto, branco ou vermelho cintilante.
Os cabelos aparecem curtos, cortados na nuca ou atados com tiras de couro preto. Algumas modelos usam luvas de couro e posam para os fotógrafos com a mão pousada delicadamente na cintura, como nas fotos de moda dos tempos áureos da Dior nos anos 1950.
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